terça-feira, 29 de maio de 2018

A menina que doava livros



Era uma vez uma menina que amava livros.
Ela amava ler, e lia tudo que aparecia pela frente.
A menina lia não só livros, mas também revistas, panfletos, bula de remédio, manual de instruções, placas e faixas na rua.
Quando ia a algum lugar que tinha livros, ficava olhando, decorando o nome do livro e do autor, assim podia pesquisar depois.
Quando visitava alguém, sempre olhava a biblioteca para saber quais livros conhecia e principalmente quais livros ela ainda não conhecia.
Anotava o que não conhecia para ler depois.
Ela frequentava a biblioteca da escola e também a biblioteca da cidade.
Sempre anotava os livros que queria ler.
A menina achava que um dia conseguiria ler todos os livros que queria.
As anotações se tornaram bemmmm grandes, então parou de anotar.
O tempo foi passando e a lista dos livros que queria ler cresceu tanto que ela não conseguia mais imaginar como leria tudo.
Ela entrava na biblioteca e pensava "será que um dia vou ter uma biblioteca assim?”.
Ela queria ter muitos livros. Seu sonho era ter uma imensa biblioteca particular.
Conforme foi crescendo, percebeu que nem todos amavam a leitura como ela, havia pessoas que não liam e não tinham livros.
Também descobriu que havia pessoas que queriam ler, mas não tinham livros e não conheciam os livros como ela conhecia.
Foi então que teve uma ideia: 
"Se eu der meus livros antigos, aqueles já li para pessoas que não tem?"
Ela percebeu que tinha livros guardados que só ocupam espaço.
Ela sabia que aqueles livros não seriam mais lidos e não teriam utilidade na estante.
Aos poucos, ela começou a doar alguns livros.
Primeiro, oferecia para suas amigas da escola e do bairro.
"Maria você gostaria de ler esse livro? Eu já li, é muito legal, você vai gostar."
E assim, a menina começou, primeiro com os amigos mais próximos.
Depois, aproveitava toda conversa com as pessoas para falar sobre livros e assim que tinha oportunidade, ela falava:
"Você já leu esse livro? É muito legal, eu já li, acho que você vai gostar”.
Toda conversa, terminava em livros, e quase todo papo sobre livros terminava em doação.
Nem todos aceitavam seus livros. Que pena!
A menina cresceu, seu amor por livros também.
Só a sua biblioteca que não crescia.
Ela nunca chegou perto de ter uma grande biblioteca como imaginou quando era pequena.
Ela sempre comprava e ganhava livros, mas os livros depois de um tempo sempre iam embora.
Ela dizia: “Não é justo eu ter um monte de livros e ter gente que não tem.”
Todos que a conheciam já sabiam de cor.
"Livros foram feitos para serem lidos!"
Ela não entendia a razão de pessoas usarem livros como decoração, só de enfeite.
Quando alguém que ela conhecia se mostrava interessado em algum livro, corria para sua biblioteca ver se tinha para doar.
Ela doava livros usados e novos, para amigos, conhecidos e também estranhos.
O importante era fazer com que os livros fossem lidos, isto é, cumprissem seu propósito.
Ela amava tanto os livros que queria que todos também tivessem.
Ao contrário de gente que diz que não doa porque ama.
"Ora, o amor não é doador?"
Ela acreditava que as Letras transformam e a Palavra liberta.
A leitura sempre será a cura para muitos males.
A menina passou o resto de sua vida doando livros.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Traição, injustiça e reparação



O que é pior, a traição ou a injustiça?
E quando as duas vêm juntas? 
Traição e injustiça ao mesmo tempo parecem insuportáveis. Nesse caso, você não terá que "apenas" perdoar, terá que administrar a sede por justiça/vingança que essa dor traz.
O sonho de todo injustiçado é ter uma reparação. Ver o mal que lhe fizeram sendo reconhecido, o algoz arrependido e se responsabilizando por seus erros.
O problema é que nem sempre o mal é reconhecido, nem sempre o algoz se arrepende, nem sempre o mal é reparado.
Se a falta de perdão é uma prisão, a espera por reparação é outra.
Às vezes você recebe um pedido de perdão no estilo politicamente correto; a pessoa pede perdão por protocolo sem de fato se arrepender. O arrependimento genuíno procura reparação, pois quem de fato tem consciência do mal não se conforma com a injustiça.
E quando não vem, você faz o que? Espera? Procura justiça pelas próprias mãos (vingança)? Lembre se que não temos controle algum sobre outra pessoa, não importa o que faça.
Você pode chorar, você pode tornar público o mal recebido (em tempos de redes sociais), jogar na cara tudo o que o outro lhe fez e ainda sim, não ter o arrependimento verdadeiro e a reparação. Então além de perdoar é preciso, descansar em Deus.
Não pedir, nem esperar por uma justiça que pode nunca chegar (aos seus olhos).
Deixe a injustiça para O Justo Juiz.
Ele saberá reparar o mal, no momento certo e da maneira certa. Só ele, conhecer do passado, presente e futuro pode fazer justiça verdadeiramente justa.
Quando você reconhece quem é o Supremo Juiz, consegue sair da prisão da espera por reparação que gera raiz de amargura.
De agora em diante, aquele que lhe causou mal, não te deve mais nada.  Não é mais com você, é com o Senhor.
Pois cada um prestará contas de si mesmo, de suas palavras e ações no Tribunal do Senhor. (Romanos 14:12)
Confiar no Justo ainda é o melhor remédio para as injustiças do mundo.
Os olhos do Senhor estão em toda parte, observando atentamente os maus e os bons. Provérbios 15:3
O justo e o ímpio, Deus julgará a ambos, pois há um tempo para todo propósito, um tempo para tudo o que acontece. Eclesiastes 3:17

domingo, 20 de maio de 2018

Ora et Labora



Não devo ter pressa.
Não devo ter pressa para expressar-me em público.
Na solitude há maturação.
Não devo ter pressa.
O silêncio é  casulo da obra.
Sossegas Vaidade!
Vá dormir,
Que tua hora é tardia.
Não devo ter pressa.
A eternidade me aguarda.
Por (h)ora...
Ora et labora.

domingo, 13 de maio de 2018

Cura das feridas





Um coração ferido, atingido pela flecha da desumanidade tem duas estradas a seguir.
Caminhar com a flecha cravada no peito, com mágoas e ressentimentos. Isso certamente o impede de abraçar outra pessoa. Mesmo que queira, pois a flecha entre os corpos não permite tal aproximação, um abraço pode machucá-lo ainda mais e também machucar o outro. 
A segunda estrada é a da transformação. Arrancar a flecha, chorar e sangrar por um tempo. Seguir a vida e quando encontrar alguém no caminho... abraçar. 
Então no abraço, um coração tocará o outro, estancando a ferida.

A cura das feridas da alma se dá no encontro dos corações.

Ausência: a falta que nos move



A ausência nos diz o que é importante na vida.
Tem coisas que a gente só lembra quando falta.
A saúde é uma delas.
A saudade também só existe porque falta.
Falta algo ou alguém que gostamos.
Escravidão é falta de liberdade.
O pecado é uma forma de escravidão.
Toda falta produz um algo. 
A falta de amor produz carência afetiva
A falta de dinheiro produz carências materiais.
A falta de consciência produz irresponsabilidades.
Toda falta produz uma ausência.
A ausência é a falta que nos move.
O que é que te falta?
Qual é a sua ausência?
Qual é a sua busca/O que te move?

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Sou empoderada #GirlPowerbyJesus



Sou uma mulher empoderada.
E sou submissa.
Quanto mais me submeto, mais poder eu ganho.
Meu poder não vem de militância alguma.
Sou empoderada pela Trindade.
O Evangelho é poder de Deus para aquele que Nele crê.
É o Evangelho que me concede poder para sobreviver em meio a trevas enquanto meu Redentor não volta.
É o Espírito Santo que me empodera no meio do caos, me dando forças para continuar quando as minhas próprias forças se esgotaram.
O poder que vem do Senhor Jesus me dá consolo enquanto caminho pelo vale da sombra e da morte.
O poder concedido pelo Pai me ajuda a atravessar as tempestades.
A Palavra me empodera para que eu consiga transmitir sua mensagem sem fazer uso de clichês humanistas.
Tudo posso Naquele que me empodera!

"No dia em que te invoquei, tu me respondeste, concedendo-me força e coragem."

(Salmos, 138:3)